10 fatos sobre proteção solar que você precisa saber para curtir o verão

O protetor solar é o BFF absoluto da sua pele o ano todo – e ainda mais no verão. Bem, há novidades e descobertas sobre proteção solar que você precisa conhecer. Vem!
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Sabia que o tipo de veículo do filtro solar pode interferir na proteção? E que tem um jeito certo de retocar o protetor ao longo do dia sem estragar o make? E que, na praia e na piscina, mais é mais? Vem dar uma recap nos seus conhecimentos sobre proteção solar para atravessar a estação mais quente do ano feliz e a salvo dos efeitos nocivos do sol. Assim, o seu verão ser muito mais ahhhh do que aiaiai.

1) Pele escura também precisa se proteger

Ela também estão sujeita a queimaduras, ao envelhecimento prematuro e ao desenvolvimento de câncer de pele. “O
agravante é que, na pele negra, por exemplo, a doença é mais difícil de ser notada, valendo ainda mais a proteção”, diz a dermatologista Ana Carina Junqueira, de São Paulo. Por isso, filtro solar nela!

2) Retoque perfeito da make com FPS – ou não

Apesar de muitos tipos de maquiagem terem FPS, como base, blush e pós bronzeadores, sua proteção não é suficiente. O protetor solar deve ser aplicado antes da maquiagem (mesmo que ela contenha FPS). E, na hora de retocar, fique atenta a esse truque. “O primeiro passo para conseguir reaplicar o protetor por cima da maquiagem é combinar a textura e a fórmula dos produtos”, diz a dermatologista Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O ideal é escolher a mesma textura de protetor solar e de base de maquiagem ou BB Cream, para permitir que o filtro consiga fazer várias camadas sem “craquelar” na pele.

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Outra dica é optar por um protetor solar com acabamento seco e efeito matte. “Assim, o acúmulo de protetor ao longo do dia não vai deixar aquela sensação gordurosa na pele do rosto”, diz ela. Vai o passo a passo para não estragar o make. “Na pele maquiada, remova a oleosidade e o brilho da pele dando leves batidinhas com o papel toalha, principalmente nos cantinhos dos olhos e do nariz. Em seguida, aplique o protetor solar em todo o rosto, de preferência com uma esponjinha.”

3) O FPS do ano passado precisa ir para o lixo?

A fila anda para o último hit do verão, o crush… só não anda para o filtro solar. Segundo pesquisa liderada pelo consultor e pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico do Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele, 60% da população não aplica o fotoprotetor diariamente. Por isso, é comum sobrar produto de um ano para outro.

“O filtro solar do verão passado pode ser utilizado desde que esteja dentro da validade e em perfeito estado de armazenamento”, destaca destaca a dermatologista Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. Isso significa não ter sofrido variações intensas de temperatura nem ficado mal acondicionado e não apresentar grumos, mudança de cor, de cheiro ou de textura – se ficou liquefeito, por exemplo, desapegue e parta para o próximo.

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4) Protetor solar não protege só a pele

Se você passou os últimos verões neste planeta, sabe que o produto blinda a pele contra as queimaduras solares e o envelhecimento precoce, e também reduz o risco de câncer de pele. Cientistas foram além: um estudo publicado no final de 2018 garante que ele pode defender também os vasos sanguíneos. “Estudos anteriores já mostraram que a radiação ultravioleta reduz o nível de vasodilatação, dificultando a circulação sanguínea”, diz a cirurgiã vascular e angiologista Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e  Cirurgia Vascular e do American College of LifeStyle Medicine. Filtro é igual camisinha: não há outra opção, tem que usar!

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Essa vasodilatação desempenha um papel vital na hora de permitir que o corpo mantenha sua temperatura e responda ao estresse pelo calor. “Se o corpo está superaquecendo, o óxido nítrico entra em cena, estimula a vasodilatação, o que aumenta o fluxo sanguíneo e, portanto, a perda de calor através da pele”, explica. “Para aqueles que passam muito tempo trabalhando, se exercitando ou participando de outras atividades ao ar livre, o uso de filtro solar pode proteger não apenas contra o câncer de pele, mas também da redução da função vascular da pele, mantendo a capacidade do corpo de se resfriar”, diz a médica.

5) Mais é mais

Nos testes de fabricantes, é aplicada uma camada de 2 miligramas de fotoprotetor por centímetro quadrado de pele para alcançar o fator de proteção solar indicado na embalagem, segundo estudo britânico publicado em 2018 na revista médica “Acta Dermato-Venereologica”. Mas o problema é que, no dia a dia, a gente acaba não usando isso tudo… “Isso diminui a eficiência do produto, nos deixando expostos aos danos da radiação UV, que incluem manchas, envelhecimento precoce e câncer de pele”, afirma Lucas Portilho, pesquisador em fotoproteção na
Unicamp.

A seguir, a quantidade ideal: “No rosto, deve-se aplicar o equivalente a uma colher de café cheia. No corpo, uma colher de café no braço e antebraço direitos; uma colher no braço e antebraço esquerdos; duas colheres no torso (1 para a frente e 1 para as costas); duas colheres para a coxa e perna direitas (1 para a parte da frente e 1 para a parte de trás); e duas colheres para coxa e perna esquerdas (1 para a parte da frente e 1 para a parte de trás)”, diz a dermatologista Fabiana Seidl, do Rio de Janeiro. “Também é importante lembrar de usar FPS 30 ou maior, e
para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível FPS de no mínimo 50.“

6) Protetor solar em pó na berlinda

Anote aí: a proteção solar depende diretamente do tipo de fotoprotetor utilizado. Em um estudo, Lucas Portilho avaliou a proteção de diferentes tipos de fotoprotetores, todos faciais: pó compacto, fluido, bastão (stick), mousse e loção. “Com exceção da loção facial, todos os outros veículos apresentaram menos de 50% da proteção original. O pó compacto apresentou 90% a menos de proteção”, afirma o pesquisador. O problema é que as marcas não informam a quantidade correta para aplicação, então o resultado é uma falsa sensação de proteção. De acordo com a pesquisa, no geral, as pessoas usam 0,15mg/cm² de um pó compacto com proteção solar, quando a recomendação de fotoproteção é de 2mg/cm².

Qual a saída? Segundo o pesquisador, para garantir uma maior proteção, a primeira ação é utilizar fotoproteção na forma de loção. “Nunca utilizar protetor solar em pó como única forma de proteção. O protetor em bastão, mousse e fluido somente se for com FPS acima de 50. O pó compacto pode ser usado apenas em conjunto a outros protetores”,
ensina.

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7) Bastão & spray só para retoques

O protetor solar em bastão é prático – e cabe na bolsa! É indicado também para quem pratica esportes ao ar livre – são resistentes à água, não escorrem… Mas é necessário passar o bastão várias vezes em cada área do corpo, para garantir que a quantidade ideal esteja sendo utilizada. E a reaplicação a cada duas horas também é obrigatória.
O protetor solar em spray, por sua vez, é fácil de espalhar, mas precisa ser passado em movimentos circulares, como se você estivesse pintando uma parede com tinta spray, para cobrir cada pedacinho de pele. Anotou?

8) Cuidado com o guarda sol!

“Os modelos de nylon devem ser evitados, pois deixam passar 90% da radiação ultravioleta”, alerta Fabiane. Opte por modelos de cor escura, feitos de algodão, lona ou fibras sintéticas. “Também existem modelos com tecido com proteção UV.”

9) Chapéu e óculos de proteção UV

Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta. “As roupas normais ajudam a impedir o bronzeado mas não impedem que a radiação chegue
até a pele, portanto roupas específicas com proteção UV são ideais”, ensina Fabiane.

10) GPS do esquecimento

Aconteceu com um total de ZERO pessoas:  se lembrar de todas as partes do corpo na hora de aplicar protetor solar. “As regiões mais negligenciadas são: pálpebras, lábios, ponta e cantinhos do nariz, orelhas, nuca, mãos e pés”, avisa a dermatologista Fabiana Seidi, do Rio de Janeiro. Ah, e assim como os homens calvos têm que aplicar nas áreas sem cabelo, as mulheres também precisam de um cuidado extra com as linhas divisórias dos fios – o repartido ao meio se você faz o estilo setentinha e a linha frontal da cabeça para quem usa franja.

Reportagem Karina Hollo

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