Pela primeira vez, mulheres são maioria nas corridas de rua

Principais motivações dos corredores são saúde, bem-estar mental e integração social. Mesmo assim, as mulheres estão 4 minutos mais rápidas, em comparação com 2001.
Depositphotos

Antes de a Copa do Mundo Feminina de Futebol começar, muitos brasileiros não sabiam, mas entre 1941 e 1981, as mulheres eram proibidas de praticar o esporte no Brasil – sim, era considerado crime! De lá pra cá, elas conquistaram algum espaço (ainda falta muito!). E, pela primeira vez, podemos ver em um canal aberto de televisão MartaCristiane e outras craques brilhando em campo.

Só que, infelizmente, o machismo não faz parte somente da história do futebol. Foi só em 1971 que as mulheres foram autorizadas a participar de uma maratona. Não à toa, há 13 anos, elas representavam apenas 20% do público das provas de rua.

Leia também: Praticar atividade física diminui os sintomas da TPM

Há mais mulheres correndo do que homens

No ano passado, pela primeira vez, as mulheres se tornaram maioria (50,24%), segundo um estudo inédito sobre corrida amadora no mundo, o The State of Running 2019. Os países que empurram essa estatística para cima são: Islândia, Estados Unidos e Canadá. Já na Suíça, na Itália e no Japão, o número continua abaixo dos 20%.

Os novos objetivos das corredoras

Desde 2001, o tempo médio das mulheres que terminam 42 K caiu 4 minutos; já o dos homens, subiu 7 minutos. Porém, em ambos os gêneros, os corredores têm demorado mais para cruzar a linha de chegada quando comparados aos atletas amadores de 1986: 38 e 27 minutos, respectivamente. A mesma tendência se repete em provas mais curtas, de 5 e 10 K.

De acordo com os pesquisadores, um dos motivos é que as pessoas agora possuem outras motivações para se exercitar. Em vez de focar apenas na autorrealização da competição, elas procuram o esporte por causa da saúde, do bem-estar mental e da integração social (viagens para correr fora do país também aumentaram: 3,5% dos participantes são estrangeiros – em 1994, eles não eram mais de 0,5%).

A mudança do perfil do corredor amador teria ligação com a democratização do esporte e com a média de idade mais alta dos praticantes, que passou de 35,2 anos, em 1986, para 39,3, em 2018.

Leia também: UltraBOOST 19: testamos o novo tênis de corrida da Adidas, mais macio e responsivo

Número de praticantes no Brasil cresce

Enquanto no mundo, o número de participantes de provas de corrida de rua caiu 13% desde 2016, nas cidades brasileiras, houve um aumento de 20%.

Se animou para impulsionar a quantidade de corredoras no país? Então, baixe gratuitamente nossa Planilha de Corrida para completar seus primeiros 5 K em 5 semanas.

veja também