KR5: testamos o tênis de corrida mais leve criado pela Fila

Novo tênis de corrida da linha Kenya Racer é ideal para treinos de tiro e provas curtas
Divulgação/ Fila

O último lançamento da linha Kenya Racer da Fila, o KR5, causou rebuliço entre os amantes de corrida. O modelo é o  mais leve da história dos tênis de corrida da marca (apenas 162 gramas no tamanho 40 masculino!), e foi desenvolvido em território nacional, no laboratório de biomecânica do Grupo Dass, no Rio Grande do Sul. 

KR5: leveza e velocidade

A linha KR é conhecida há muito tempo. As primeiras versões já tinham a fama de serem excelentes para treinos rápidos e de alta performance — com exceção do KR4, que não caiu muito no gosto do público justamente por perder sua melhor qualidade, a leveza. 

Desde a primeira geração, o tênis passava por uma bateria de testes realizada por atletas quenianos que treinavam aqui no Brasil. Neste último lançamento, as experimentações incluíram corredores brasileiros e até atletas amadores (cerca de 15 pessoas), além de submeterem o produto a condições adversas como provas na chuva, no calor, com suor… E, é claro, em diversos tipos de terrenos, totalizando 6.000K.

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Para o desenvolvimento do KR5, foram necessários quase dois anos de pesquisa. “Buscamos novas tecnologias e materiais para garantir o produto mais leve já fabricado pela Fila Brasil. Isso se deve à parceria com os atletas e aos investimentos da marca em inovação e desenvolvimento de produto”, diz Jonas Rocha, gerente de produto de performance Fila Brasil. 

5 inovações do tênis da Fila

Tanto tempo de pesquisa trouxe muitas novidades:

1) Drop

O drop diminui de 8mm (KR4) para 6mm (KR5), o que o torna mais baixo e  ideal para treinos de tiros e distâncias mais curtas (5 ou 10K, por exemplo). Além disso, seu amortecimento é composto por um EVA feito especialmente para o KR5. 

2) Cabedal

Já o cabedal é bem diferenciado e fabricado todo em tecido, com pequenos furos que dão respirabilidade. A tecnologia FUSE “segura” o pé — mesmo assim, há a possibilidade de usar o último furo de amarração do cadarço para o tênis ficar ainda mais fixo. 

A lingueta, bem fina, tem um ajuste triplo para não sair do lugar durante a corrida. Por outro lado, o colarinho um tanto mole e sem muita estrutura pode incomodar alguns corredores — mas é um alívio para quem sente dores no tendão de Aquiles. 

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3) Sola 

Há dois pontos de borracha na sola. Na parte de trás, a tecnologia é EVERGRIP, um composto de alta durabilidade criado pela marca. Ele tem o intuito de gerar tração tanto em superfícies secas quanto molhadas, garantindo assim mais segurança. 

Já a parte da frente conta com outra inovação: a EVERGRIPT. São pequenos cravos aplicados sobre um tecido que terminam na altura dos dedos e causam ainda mais atrito em superfícies lisas.

Vale destacar, também, que a entressola vem com uma placa interna para dar mais estabilidade ao meio-pé. 

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4) Detalhes

No KR5, os detalhes fazem toda a diferença. O design italiano traz a impressão de velocidade, combinada com um quê de sofisticação.

Os modelos masculinos estão à venda nas cores preta, grafite, vermelha, marinha, coral e branca. E os femininos, nas cores preta, rosa, royal, limão, branca, prata e azul. 

Veja alguns modelos:

5) Preço

Por ser de fabricação brasileira, uma grande vantagem do KR5 é o preço: R$399,90, valor mais acessível quando comparado aos modelos importados.

 

Review do KR5

A seguir, conto o que achei do lançamento da Fila: 

Amanda Panteri, jornalista, colaboradora da Wellness Play

“Logo que a caixa preta e vermelha chegou em casa, fiquei ansiosa para experimentar a novidade. Mas não sem antes fazer uma rápida pesquisa sobre o novo KR5. O que foi ótimo, porque acabei descobrindo que, por ser mais leve e um pouco menos estruturado, o modelo é mais indicado para treinos de velocidade, como os de tiros (completar um longão, só para quem já está acostumado com esse tipo de tênis). 

Portanto, os iniciantes (como eu, que nunca passei dos 10K) precisam de um tempo de adaptação. Intercalei, então, sessões com ele e sessões com o meu tênis antigo. Os reviews na internet também dizem que o novo KR5 aciona mais músculos do corpo para estabilizar o movimento, e pode até deixar as pernas um pouco mais doloridas no dia seguinte. Felizmente, isso não aconteceu comigo — acredito que seja porque fui aumentando o volume das corridas com ele aos poucos. 

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O cabedal é simplesmente maravilhoso! Extremamente fino e cheio de buraquinhos, que deixam o pé respirar. Para não ficar insegura na hora de correr, prendi a lingueta em todos os ajustes (são três) e usei todos os buracos do cadarço. Desse modo, senti que o tênis “abraçou” o pé e ficou bem justo, mas sem prender demais ou fazer pressão em nenhum ponto — alguns modelos me incomodam no peito do pé. 

O tamanho é outra coisa importante: os corredores costumam comprar uma numeração maior para garantir mais conforto (e evitar problemas como unhas pretas). Apesar de ter lido que não havia necessidade de fazer isso com o KR5, me arrependi de ter pego o número que calço no dia a dia — vale, sim, escolher um tamanho maior. 

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Além disso, ouvi falar que o colarinho menos reforçado poderia dar a sensação de que o modelo pode sair do pé a qualquer hora. Mas aí vai outra dica: usar todas as amarrações do cadarço resolveu o problema — pelo menos pra mim. 

No geral, ele é bem diferente dos tênis com os quais costumo correr — geralmente mais largos, estruturados e pesados. Não vou mentir que senti mais instabilidade e medo de virar o pé em alguns momentos, o que não aconteceu (ufa!). Mas o ponto forte do KR5 compensa esses pontos de atenção. Ele é tão leve que, em alguns momentos, parecia que eu estava calçando apenas meias para correr! Tênis aprovado, vou continuar usando e aumentando o número de treinos com ele aos poucos e, quem sabe, completar uma prova virtual curta.”

Reportagem Amanda Panteri

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