Fome emocional ou fome fisiológica? Aprenda a diferenciar com o mindful eating

Estar atento ao próprio corpo, como propõe o mindful eating, é essencial para diferenciar a fome física da emocional 
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Você quase termina uma barra de chocolate depois de um dia difícil? E já chegou em casa tão cansada que parecia que precisava comer tudo da dispensa para se recuperar? Mesmo depois de muitas garfadas, sentia que a fome ainda estava lá? Não era fome, era cilada!

Diferentemente da fisiológica, a fome emocional não está diretamente ligada a uma necessidade nutricional do corpo, e sim às emoções. Aprender a distinguir as duas nem sempre é fácil, mas é essencial para evitar brigas com a balança – e o mindful eating, conjunto de técnicas de mindfulness aplicadas à nutrição, pode se tornar seu grande aliado nesse aprendizado.

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Fome fisiológica X fome emocional

O primeiro passo para conseguir distinguir os diferentes tipos de fome é entender as características de cada um. “A fome fisiológica reflete uma necessidade física do corpo, então ela é gradual (aumenta com o passar do tempo) e, se não atendida, começa a despertar algumas sensações físicas, como dor de cabeça, fraqueza, dor de estômago”, explica a nutricionista Vera Salvo, do Centro Paulista de Mindfulness (CPM).

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Já a fome emocional está muito mais ligada às necessidades psicológicas do que nutricionais – não à toa a vontade incontrolável de um docinho bate logo depois de uma reunião tensa. Além de estar associada a eventos emocionalmente estressantes, esse tipo de fome costuma aparecer acompanhado de certa urgência e de desejos bem específicos, que geralmente são gordurosos e açucarados (de repente, bate aquela vontade de comer batata frita, sabe?). A fome emocional também não pode ser saciada: parece que, quanto mais você come, mais deseja comer.

 

Como o mindful eating pode ajudar a entender a fome? 

Saber as características de cada um dos tipos de fome ajuda a identificá-las, mas, para quebrar o ciclo de respostas automáticas e a compulsão alimentar, é necessário parar para dar certa atenção ao corpo. Quando sentir um forte desejo alimentar repentino, procure pausar por alguns minutos. “Feche os olhos, se conecte a si mesma e ouça os sinais do seu corpo, procurando entender se você realmente precisa desse alimento”, aconselha a nutricionista holística Isabella Vorccaro, de São Paulo. Para ajudar nesse momento de reflexão, você pode pingar algumas gotas de óleo essencial nas palmas das mãos para sentir o cheiro relaxante, tomar um chá morno para acalmar ou apenas beber um grande copo d’água – só essa pequena pausa já é o bastante para frear uma possível reação automática. 

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