Outrace: testamos nova plataforma de treino funcional para definir o corpo

A novidade desembarca com exclusividade na América Latina na Les Cinq Gym, academia reduto de celebridades, em São Paulo. E a Wellness Play foi convidada para testar a aula em primeira mão.
Outrace / Divulgação

Pense em uma plataforma de treino em que você acopla módulos, assim como baixa atualizações de um aplicativo, para multiplicar a cada aula a variedade de movimentos. Essa é a ideia por trás da Outrace, uma estrutura em que é possível encaixar diferentes acessórios (barras, trapézios, bases instáveis, e até poste de pole dance) para criar mais de uma centena de exercícios.

“As estações têm como base os 7 movimentos fundamentais do treinamento funcional, que simulam atividades do nosso dia a dia (como empurrar, puxar, rotacionar, saltar, agachar, além de deslocamento e afundo)”, explica Waldyr Maciel , coordenador técnico da Les Cinq Gym, academia boutique do personal trainer Rodrigo Sangion. Mas você é desafiada a executa-los sempre de novas formas. Alguns módulos, mais acrobáticos, até lembram os movimentos de calistenia que vemos nos parques. Com tanta diversidade, você não enjoa da aula e sai da sua zona de conforto. “Isso leva a uma melhora da capacidade cardiovascular, da coordenação e da foça. E trabalha a estabilização do core, a mobilidade articular e a propriocepção”, afirma Waldyr. Ah, sim, também queima muitas calorias – uma média de 500 em 60 minutos de aula.

Sem contar que o design elegante (os italianos entendem bem disso, né?) torna o ambiente bem mais agradável do que aquele espaço de funcional sem graça, apertado entre as máquinas de musculação, das academias tradicionais. Por isso, o Outrace já se espalhou por Europa, EUA e Ásia, antes de desembarcar por aqui. Nós fomos experimentar a novidade fitness recém-chegada ao Brasil.

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Treino funcional coletivo

Fazia tempo que eu estava na expectativa do lançamento do Outrace. Meses atrás, quando ouvi falar que a novidade chegaria ao Brasil comecei a seguir a empresa italiana, do grupo Technogym, no Instagram. Logo entendi o hype! A cada vídeo postado, um treino completamente diferente: corpos desenhados suspensos no trapézio, desafiando a gravidade no pole dance, pendurados em tecidos ou se equilibrando sobre bases instáveis. “Nem pensar que vou saber fazer isso, mas deve ser incrível!” – foi o que passou pela minha cabeça.

Não tem jeito, assim que a gente se vê diante da plataforma – que no Brasil comporta até 15 módulos distintos simultaneamente – , o olhar corre direto para esses itens diferentões. Principalmente para o Flyo, uma espécie de balanço suspenso a uns 50 cm do solo – e que eu adoraria ter em casa! Já imaginei as pernas tremendo, afinal equilíbrio não é meu forte… Aos poucos, fui reconhecendo alguns acessórios mais tradicionais: TRX, saco de pancada, sand bag… “Ufa, alguma coisa familiar!”

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Circuitos Training, Move e Play

Existem três possibilidades de circuito: Training (em que você passa menos tempo em cada estação, porém coloca mais intensidade nos movimentos) Move (em que o foco é a técnica) e Play (versão mais lúdica). “O tempo de cada exercício pode variar de 30 segundos a 2 min, dependendo da intensidade desejada – quanto menor a duração da série, maior a intensidade”, diz Waldyr. Já fomos avisadas: o nosso treino seria na modalidade mais hard. No dia do teste, para cada 1 minuto de exercício na plataforma, tínhamos que fazer 10 segundos de burpees (para elevar um pouco mais – oi? como se precisasse – a frequência cardíaca) e outros 10 segundos de descanso e transição.

Na segunda estação, eu já sentia o coração fazendo turu turu turu aqui dentro, e tinha atingido 100% da minha frequência cardíaca máxima – os batimentos  são monitorados num telão para você acompanhar a intensidade em que está se exercitando. Como sou bastante ativa e já estou acostumada a manter o nível de esforço lá em cima, segui no meu melhor o maior tempo possível. Mas confesso que, na parte final da aula, simplifiquei os burpees, fazendo os movimentos sem saltar, e até pulei um ou outro para ter mais tempo de recuperação. O calor e o suor eram do tipo “impossível continuar de camiseta nesse Saara”.

O cárdio é bem puxado e te leva a um estado de exaustão que só senti em aulas de crossfit e spinning muito, mas muito pesado. Os movimentos mais desafiadores para mim foram, porém, os que exigiram força nos membros superiores e no core. Todas as mulheres que fizeram a aula comigo precisaram contar com uma ajudinha na transição nas barras e ficaram longe de realizar o sonho de reviver a personagem da Flávia Alessandra no pole dance – pelo menos nessa primeira aula.

 

Resultados do treino

É o tipo de aula que você não esquece no dia seguinte. Acordei com o abdômen dolorido de fora a fora (pegou principalmente o oblíquo), os bíceps durinhos e os glúteos estão mandando lembranças a cada vez que faço uma pausa no texto e levanto da cadeira para buscar água.

Ok, a aula experimental mostrou que vou precisar de um tanto de prática para desenvolver a coordenação e a força no core necessária para um bom desempenho em alguns acessórios. Mas a vantagem é que o treino funcional permite adaptações para cada nível de condicionamento físico. Então, seja você atleta, seja sedentária, vai conseguir fazer um treino mais eficiente, desafiador e divertido – do tipo perfeito, zero defeitos!

Conheça alguns módulos do Outrace:

1) Ball Trampoline

2) Barra de Pole Dance Fitness

3) Saco de boxe

4) Base para exercícios pliométricos

4) Trapezex

5) Flyo

 

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